O MUNDO COMO VONTADE E DESIGN
Pós-modernidade, esquerda chique e a estetização da crise
Edição alemã: Klaus Bittermann, edition TIAMAT
ISBN : 3-89320-024-X
1ª Edição 03.1999, Paperback, 192 páginas, 14 Euro
Postmoderne, Lifestyle-Linke und die Ästhetisierung der Krise
A pós-modernidade tem-se por muito feliz. Na realidade, contudo, é apenas ignorante. Trata-se aqui com certeza menos de moda filosófica em pró-seminário contemporâneo do que do pano de fundo social da mais recente conjuntura ideológica. A viragem neo-liberal, da inteligência estatal socio-pedagógica para o capitalismo dos serviços com a sua indústria cultural, criou uma necessidade urgente de ocupar legitimatoriamente o terreno com novos media, novos patrocinadores, nova estética da vida e nova sociedade do jogo do ganho.
Na variante de esquerda, saiu daqui uma farsa na base do antigo movimento operário imanente ao sistema. O capitalismo com apartheid social apresenta-se como objecto cultural primitivo e a crítica radical é reduzida a uma política de auto-encenação, cuja infeliz auto-crítica nos últimos anos trata apenas da salvação do consumidor como dissidente. Mas a esperança num surto positivo de modernizaçao telemática envergonha-se a si mesma nos potenciais de crise da terceira revolução industrial; dos criativos modernos pop de baixos salários e dos artistas da simulação social não sairá nenhuma nova classe média.
Um veemente ajuste de contas, entre outros com as "virtudes da ausência de orientação" de Goebel/Clermont, com Norbert Bolz, com a Love Parade, com os Realos, com a indiferença e a ausência de significado que a pós-modernidade deixou ficar na cultura.
Texto integral do ensaio que constitui o primeiro capítulo do livro "Ästhetik der Krise - Die postmoderne Verwandlung von Gesellschaftskritik in Persönlichkeitsdesign" [A estética da crise A metamorfose pós-moderna da crítica social em design de personalidade] no site da EXIT!