A guerra de decomposição do capitalismo russo

 

Pablo Jiménez C.

 

 

A guerra na Ucrânia é uma guerra que serve de prelúdio ao processo de implosão do capitalismo mundial, actualmente colapsando em plena crise ecológica, na guerra económica e militar e no interior dos sujeitos modernos, ou seja, está a desintegrar-se ao ritmo da mesma banda sonora que o viu nascer com a revolução económica e militar dos séculos XIV e XV: guerra, sangue e violência.

 

Compreender integralmente o actual processo de confrontação bélica e concorrência económica inter-imperialista implica analisar na perspectiva da totalidade do movimento histórico.

 

A invasão militar da Rússia – o último reduto do regime de modernização capitalista atrasada que foi a URSS – à Ucrânia – uma das antigas repúblicas soviéticas que foi integrada naquele Estado com o processo de contra-revolução bolchevique na altura da Revolução Russa – tem diferentes dimensões económicas, políticas, culturais, sociais e históricas, que compõem uma totalidade complexa e diversificada, com seu eixo de unidade no movimento de produção e reprodução ampliada do capitalismo global.

 

Considerado em grande escala, o momento actual do capitalismo russo começa a encerrar um ciclo que se abriu entre 1923 e 1927, com a ascensão de Estaline à cabeça do Estado soviético e o início do processo de acumulação original acelerada que levaria a URSS a tornar-se uma superpotência capitalista mundial entre 1945, com a vitória sobre a Alemanha na guerra industrializada moderna, e 1949, com a detonação da sua primeira bomba atómica seis meses após a fundação da NATO. Desde 1947 até à sua dissolução oficial em 1991, a URSS constituiu-se como um pólo de acumulação global de capital, competindo com as potências ocidentais pela hegemonia global dentro do modo de produção capitalista. Contudo, o seu atraso face às potências capitalistas ocidentais foi o factor determinante na sua dissolução quando, com a reestruturação capitalista dos anos 70, ficou cada vez mais incapaz de competir na esfera produtiva, com a indústria mais uma vez atrasada face à deslocalização dos processos de produção, à intervenção no mercado mundial de países asiáticos como Singapura e Hong Kong que minou completamente as exportações industriais da Alemanha de Leste e da Checoslováquia, à revolução microelectrónica e à massificação do consumo.

 

Robert Kurz, ao contrário da maioria dos seus contemporâneos, compreendeu que a implosão do socialismo de caserna, uma formação capitalista de modernização atrasada sob a bandeira do marxismo, constituía a antecâmara do colapso do processo de modernização mundial. Contudo, este processo de colapso não deve ser entendido como o afundamento iminente e imediato do sistema capitalista, mas como o desmoronamento já em curso de um modo de produção histórico que cada vez mais colide com os seus limites internos e externos.

 

Assim, o colapso da URSS não implicou imediatamente o colapso do capitalismo russo enquanto tal, mas a sua reorganização e adaptação às novas circunstâncias históricas criadas pelo processo de globalização capitalista. A ascensão de Putin à posição hierárquica superior do Estado russo no último dia do último milénio significou tanto a reorganização do capitalismo russo como o início do seu processo de decomposição no meio de um estado de excepção permanente sobre a sociedade. De facto, o seu verdadeiro "mérito" histórico – se pensarmos de acordo com a ideologia de morte própria do sujeito iluminista – seria precisamente a estabilização do capitalismo russo e a formação de um Estado imperialista arqui-autoritário e independente – capaz de competir com o Ocidente – que travou os esforços ocidentais sustentados para transformar a Federação Russa numa periferia subjugada ao neo-imperialismo ocidental.

 

O Ocidente, que hoje derrama lágrimas de crocodilo sobre a violação da soberania da Ucrânia – com um governo orientado para o Ocidente – e o bombardeamento da população civil, não tinha qualquer consideração por essa soberania quando, como parte de uma estratégia mais ampla, cooperou para expulsar o governo Yanukovych pró-russo e separar o país da órbita geopolítica do capitalismo russo. De facto, o objectivo fundamental e ponto focal da intervenção ocidental na Ucrânia em 2014 – a contrapelo das diferenças entre os EUA e a UE, particularmente a cada vez mais independente Alemanha – era impedir a constituição de um bloco de poder capaz de competir a longo prazo com as potências atlânticas, uma ameaça latente que poderia ter refreado as ambições ocidentais no espaço pós-soviético e, de especial preocupação para a liderança em Washington, poderia ter aberto a possibilidade de uma aliança económica e política alternativa no espaço oriental da UE.

 

Assim, os planos do imperialismo russo para a construção de um tal bloco no Leste e no espaço pós-soviético foram sabotados com o colapso do governo ucraniano, o desencadeamento de uma guerra civil e a formação de batalhões abertamente neonazis que aterrorizaram a região do Donbass nos últimos anos com o apoio tácito da elite europeia e o silêncio dos media ocidentais.

 

Esta ofensiva do Ocidente e a sua expansão geopolítica em direcção ao Oriente foi acompanhada pela crescente erosão do capitalismo russo e dos seus satélites como resultado da crise de valorização do capitalismo mundial. De facto, a elite do Kremlin viu-se cada vez mais na defensiva na cena internacional. Na região do Cáucaso, na Bielorrússia e, este ano, no Cazaquistão, o bloco de poder articulado após o colapso da União Soviética em torno do renovado imperialismo russo começou a mostrar sinais crescentes de erosão e desgaste. Assim, as ambições neo-imperiais da elite de Moscovo foram apanhadas num processo de erosão acelerado pela crise sócio-ecológica, e que começou a afectar primeiro os seus satélites.

 

Em 2020, a Bielorrússia – governada autoritariamente por Lukashenko desde 1994 – mostrou sinais de estagnação económica, ficando presa numa situação política e económica aparentemente intransponível, que foi desencadeada pelo surto de protestos em massa de carácter semelhante aos que abalaram o capitalismo internacional em 2019. A resposta a esta crise foi uma repressão implacável e uma maior aproximação de Lukashenko a Moscovo, a fim de se agarrar ao poder. Assim, o sonho neo-imperial da Rússia de um bloco económico independente entre a UE e a China – através da "Nova Rota da Seda" – começou a colidir com a realidade económica e geopolítica da actual crise sócio-ecológica. Pelo contrário, o capitalismo russo deveria lutar com a força das armas e das mercadorias para manter o seu estatuto de potência central enquanto tenta travar o processo de desintegração da sua esfera de influência. Na realidade, a elite russa, com Putin à cabeça, estava encostada à parede antes da invasão da Ucrânia, e esta situação agravou-se com a eclosão de um grande incêndio social no Cazaquistão nos primeiros dias deste ano.

 

Sobre este último ponto, poderíamos dizer que a revolta social no Cazaquistão foi a antecâmara directa do processo bélico a que estamos hoje a assistir. Antiga república soviética, e hoje satélite do regime do Kremlin, o Cazaquistão concentra no seu território todas as características da degradação das condições de vida que em breve atingirá a população das potências centrais do capitalismo mundial. O aumento continuado do custo de vida e o empobrecimento da população, somado a um aumento do preço do gás, foi o factor que desencadeou uma revolta com características semelhantes à que abalou a região chilena em 2019, com a diferença de que esta rebelião foi afogada em sangue através da política terrorista conjunta do governo do Cazaquistão e das forças armadas russas, sem que à população fosse oferecido qualquer espectáculo democrático como o que o capitalismo ao estilo chileno empreendeu para conter a dimensão subversiva da revolta. O Cazaquistão e a sua revolta, hoje esquecida pela opinião pública mundial – e sobretudo pelos histéricos antifascistas nacionais (1) que louvam a política militar do imperialismo russo – resultou num reforço do estado de excepção permanente que a sua população vive desde a desintegração da URSS, e a classe dirigente daquele país sabe conscientemente que a partir de agora terá de reforçar a já dura repressão diária da população para perpetuar o seu lugar no capitalismo mundial: uma lição que os seus superiores em Moscovo em breve terão de aplicar.

 

Neste sentido, a revolta no Cazaquistão indica tanto o empobrecimento das condições de vida à escala global, que está a ser sentido com particular força nos países da periferia das cadeias globais de mercadorias, como as características específicas que este processo irá assumir nas regiões da modernização atrasada do século XX. Sobre este último ponto, é de notar que a estrutura autoritária dos seus regimes parece ser uma característica destas regiões, determinada pelo seu lugar tanto no mercado capitalista mundial como na rede de relações competitivas entre as potências capitalistas. De facto, um regime democrático em qualquer dos países que ainda permanecem na esfera de influência da Rússia, e na própria Rússia, daria espaço para a intervenção ocidental, um risco que a elite política e empresarial à frente desse Estado – e os diferentes bandos a ela ligados – não podem permitir-se.

 

Assim, as revoltas no Cazaquistão (2022) e na Bielorrússia (2020-21) proporcionam um vislumbre do reforço do regime de constante repressão da população no meio de um contexto histórico em que as condições materiais de vida só irão piorar. No contexto da crise sócio-ecológica do capitalismo avançado tardio, poderíamos inverter uma frase famosa de O Capital e dizer que os países periféricos estão apenas a mostrar aos países mais avançados a imagem do seu próprio futuro. O aprofundamento desta crise que se abriu este ano no Cazaquistão foi uma manifestação local da crise global, mas também uma antecipação do futuro da sua metrópole imperial baseada em Moscovo, que na última década se tem movido entre a sua competição por um lugar hegemónico dentro do capitalismo global, procurando a formação de um bloco euro-asiático – especialmente na sua aproximação à Alemanha –, o avanço da NATO para Leste através da integração das antigas repúblicas soviéticas na organização, e a crise sócio-ecológica que a afectou sob a forma de incêndios florestais maciços, abate de árvores, derretimento do permafrost, bem como declínio do consumo e inflação no seu mercado interno. Vale também a pena notar que as alterações climáticas – segundo uma declaração do próprio Putin – estão a avançar na região russa 2,5 vezes mais depressa do que a média global, o que não significa que isso tenha servido para alterar a configuração do capitalismo russo, sendo que, pelo contrário, se acelerou a produção de gás e de combustível para exportação.

 

Esta parece ser a consequência lógica do desenvolvimento histórico da modernização capitalista: morrer de miséria no meio da riqueza. De facto, uma das cadeias mais fracas do capitalismo global devido à sua posição atrasada face ao Ocidente é, ao mesmo tempo, uma superpotência militar que herda um enorme arsenal de armas e uma infra-estrutura de desenvolvimento científico e tecnológico, de modo que a perpétua continuidade de Putin no poder é tanto uma herança do capitalismo "concentrado" legado pelo regime soviético como uma necessidade imposta pelo carácter muito específico que o seu processo histórico de modernização impõe. Só graças a este permanente e aberto estado de excepção é que o capitalismo russo tem sido capaz de se perpetuar até hoje, e esta é uma das causas imediatas por que, num momento decisivo da sua competição com as potências ocidentais e do avanço da NATO em direcção ao Leste, a invasão militar da Ucrânia foi imposta como uma necessidade de sobrevivência do capitalismo russo, que vê as suas fundações económicas, políticas e sociais desmoronarem-se dentro das suas próprias fronteiras e das dos seus aliados no espaço pós-soviético.

 

A propaganda anti-russa que é transmitida em massa por todos os media ocidentais, e que apresenta Putin como o novo arqui-inimigo da democracia, esquece convenientemente que a Rússia luta pela sobrevivência no contexto do agravamento da crise sistémica do capitalismo mundial, para que não seja reduzida a uma periferia pelo neo-imperialismo ocidental que tem torpedeado e bloqueado persistentemente a ascensão da Rússia a grande potência.

 

O confronto bélico e económico na região eurasiática não é senão a expressão do processo de declínio socioeconómico induzido pela crise socio-ecológica do capitalismo mundial; é uma luta travada dentro de um navio que se está a afundar.

 

Assim, no meio da crise generalizada, o Ocidente democrático vê como, apesar de todos os seus esforços nas últimas décadas para sabotar o ressurgimento de uma superpotência na Europa de Leste, a Rússia se ergue como uma potência militar e económica capaz de competir com o Ocidente usando os mesmos métodos de expansão imperialista.

 

Este processo marca o fim da política alemã – o país que se constituiu como o núcleo hegemónico da Europa Ocidental – de contenção e inclusão do capitalismo russo na estrutura económica da União Europeia, uma vez que a partir de agora terão de lidar com a contradição colocada por todo o desenvolvimento económico das últimas décadas, em que a Rússia ocupou uma posição periférica como fornecedor de matérias-primas e energia, ao mesmo tempo que se envidavam todos os esforços para minimizar a sua influência na Europa Oriental e no espaço pós-soviético.

 

A partir de agora, as potências europeias terão de se mover entre a ameaça latente do confronto militar com uma superpotência nuclear que as ultrapassa em décadas no desenvolvimento científico e tecnológico das armas hipersónicas – armas que perturbaram o equilíbrio de facto de poder entre as potências nucleares – e a necessidade do seu aprovisionamento energético, principalmente de petróleo e gás. O neo-Czar Vladimir Putin e a sua ninhada de sequazes compreenderam perfeitamente esta situação e na sua falsa consciência irão explorá-la até ao fim: com perseguição, prisão, leis ditatoriais e polícia política terão de reprimir a agitação social que está a aumentar devido à guerra e às sanções económicas do Ocidente que farão sofrer a classe trabalhadora e a classe média em declínio, e ao mesmo tempo continuarão o seu avanço militar até à realização dos seus objectivos estratégicos, sabendo que têm a Alemanha e o resto da Europa com a corda na garganta com armas hipersónicas apontadas. Por outras palavras, saberão como lidar com a fome do povo russo silenciando as suas queixas com o bastão eléctrico, mas não irão parar o seu avanço considerando que podem sempre fechar a torneira do gás. De facto, é apenas a este respeito que Putin tem sido genuinamente sincero, ou seja, quando atira à cara dos genocidas ocidentais a sua natureza comum, salientando que a Rússia faz parte do sistema comercial mundial e nunca fará nada para prejudicar esse sistema do qual faz parte, pelo que continuará as suas acções militares para obter à força as suas exigências à Ucrânia e, para esse efeito, aceitará o peso das sanções que lhe são impostas. Afinal, o que a Rússia arrisca a longo prazo, e pelo que luta hoje – apesar das tristes ilusões dos nossos esquerdistas locais – é o seu lugar à mesa para a distribuição da massa global de mais-valia.

 

Por outro lado, com a chegada da crise aos próprios centros do capitalismo mundial, marcada pelo aumento do custo de vida, o crescimento da nova direita e dos pós-fascismos (2) que surgiram com as crises económicas e a quebra da promessa de uma classe média universal, as potências da NATO estão cada vez mais a abandonar a sua retórica liberal a favor de uma glorificação da guerra como resposta à crise, e os meios de comunicação oficiais já começam a insinuar que uma guerra com a Rússia não só melhorará a economia, como poderá mesmo ter um impacto na redução do aquecimento global.

 

Além disso, a curto prazo, a elite capitalista norte-americana alcançou um objectivo estratégico ao conseguir abrir uma brecha entre a Alemanha e a Rússia, evitando assim momentaneamente o espectro de uma aliança eurasiática que, juntamente com a "Nova Rota da Seda" chinesa, acrescentaria um factor adicional de erosão à sua já enfraquecida hegemonia mundial. Este processo actual, portanto, permitirá aos EUA consolidar uma aliança oceânica que se estende do Atlântico (NATO) ao Pacífico (Japão, Coreia do Sul e Taiwan) e que é abertamente dirigida contra a ascensão da China ao topo do capitalismo mundial.

 

Deste modo podemos dizer que a invasão da Ucrânia marca o início de uma nova era, em que as potências centrais do capitalismo mundial – agrupadas em campos imperialistas claramente definidos, mas com interesses independentes e contraditórios entre as potências que compõem estes blocos – serão cada vez mais empurradas para o conflito armado, especialmente híbrido, como forma de escamotear as consequências de uma crise generalizada que não pode ser resolvida deste modo, mas que já nos dá um vislumbre do declínio histórico do capitalismo no meio do agravamento da crise socio-ecológica e da guerra entre as potências.

 

De facto, a guerra como instrumento estratégico de subjugação política tornar-se-á doravante cada vez mais atractiva para os Estados que navegam na crise do capitalismo avançado tardio, que já sem hesitação começam a mover tropas, propaganda e massas para a prossecução dos seus objectivos políticos e económicos.

 

A pulsão de morte apodera-se dos países em conflito, este fascínio pela guerra e pela morte entre diferentes sectores da população, especialmente ultranacionalistas e neo-reaccionários de diferentes tendências – mesmo de bandeiras antifascistas – deve ser entendido como uma ideologia de morte que expressa o grito universal de desespero de uma humanidade que se auto-destrói na sua forma de socialização capitalista mundial. Aqueles que temiam o colapso da civilização já não devem ter dúvidas, porque a barbárie já está aqui e, a partir de agora, as forças emancipatórias devem reunir-se em torno da crítica radical destas novas condições e da promoção de um novo paradigma de emancipação social à altura da catástrofe que estamos a viver e das possibilidades latentes na ciência e na tecnologia do capitalismo do século XXI. (3)

 

 

(1) No Chile, existe uma longa tradição de antifascismo e anti-imperialismo, que hoje convergem numa espécie de crítica truncada do capitalismo. Assim, este anti-fascismo varia de grupos ultra-esquerdistas ligados ao anarquismo e ao leninismo nas suas diferentes tendências, a variantes progressivas da esquerda que estão a fazer uma campanha histérica contra o "fascismo" de Kast – o antigo candidato presidencial – mas permanecem suspeitosamente silenciosos quando o actual presidente supostamente "anti-fascista" envia militares para reprimir violentamente as comunidades Mapuche, ou quando os mesmos militares maltratam violentamente os imigrantes que escapam ao colapso social na Venezuela.

 

(2) Quando falo de pós-fascismo, refiro-me especificamente aos movimentos neofascistas que se espalharam por diferentes partes do mundo, como no caso da Ucrânia ou dos Estados Unidos, que, embora tenham uma ligação formal e simbólica com o fascismo "original" do século XX, têm no entanto características especificamente pós-modernas, que reagem ao desencadear da pulsão de morte da concorrência e às actuais condições de crise da modernização capitalista. É por isso que lhes dou um nome diferente do fascismo enquanto tal, uma vez que é de um fenómeno diferente que se trata aqui.

 

(3) Para esclarecer esta última afirmação, é importante salientar que existem actualmente vários meios materiais que nos permitiriam eliminar rapidamente vários problemas sociais que derivam directamente da dinâmica capitalista – fome, doenças curáveis, e assim por diante. No entanto, não podemos adoptar acriticamente a ciência e a tecnologia, pelo contrário, temos de salientar a sua ligação directa com a forma do valor e, ligado a isso, o carácter destrutivo e a base para a autodestruição e a destruição que lhe está subjacente.

 

 

Original “La guerra de descomposición del capitalismo ruso” in: https://necplusultra.noblogs.org, 11.05.2022. Versão alemã em www.exit-online.org, 22.05.2022. Tradução do original (e das notas introduzidas na versão alemã) de Boaventura Antunes

 

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