EXIT! CRISE E CRÍTICA DA SOCIEDADE DAS MERCADORIAS

SOBRE A CISÃO NA KRISIS

 

Self-Service Canibalesco

Self-Service canibalesco - (Roswitha Scholz: Maio 2015) Deutsch Italiano

 

Robert Kurz

VENDEDORES DE ALMAS

Como a crítica da sociedade das mercadorias se torna ela própria uma mercadoria

Vendedores de almas - (Robert Kurz; Abril de 2010) Deutsch

O DESVALOR DO DESCONHECIMENTO

“Crítica do valor” truncada como ideologia de legitimação de uma neo-pequena-burguesia digital

Nota prévia à edição impressa (EXIT! nº 5, Maio 2008): Com uma certa inevitabilidade, a crítica do valor segue o caminho de todas as inovações teóricas: “diferencia-se” e cinde-se; é vulgarizada e truncada, eclecticamente amalgamada com teoremas completamente diferentes e lançada contra os seus fundadores. Circulam versões pós-modernas e de ideologia iluminista “anti-alemã”, todas elas embalagens enganadoras. Contra isso, o critério teórico da verdade está em saber se a crítica radical às categorias fundamentais da moderna sociedade de dissociação e valor é sustentada consequentemente, ou se é feita regredir em parte ou obnubilada, tendo em vista a “salvação” da ontologia burguesa ou de algum dos seus elementos (trabalho, razão a-histórica, sujeito, universalismo androcêntrico das relações de dissociação). Este torcer e virar para trás da crítica categorial, pretensamente para baixar a tensão na praxis vigente, é sempre mediado com interesses imanentes burgueses de concorrência, auto-afirmação e “sensibilidade”; interesses não em último lugar de uma juventude de classe média ocidental precarizada, que gostaria de, na sua existência específica, se tornar o umbigo do mundo e modelar toda a crítica social nesse sentido; incluindo o paradigma da crítica do valor ou da crítica da dissociação (ver sobre isso o texto de Roswitha Scholz sobre a “angústia da classe média” nesta edição da EXIT!)...

O Desvalor do Desconhecimento - (Robert Kurz; Maio 2008) Deutsch

"AS DECISÕES SÃO NULAS"

Informação sobre o estado da luta jurídica com o resto da Krisis

Naturalmente fica claro para toda a gente que já não faz sentido nenhum trabalho colectivo sob um tecto comum. Poderia ser posto fim a este desagradável litígio formal se finalmente o grupo usurpador renunciasse à sua pretensão de único representante e de administrador único do espólio e reconhecesse que a "Krisis" é história – e que portanto já nenhuma das duas partes tornadas inimigas pode agir sob essa designação (já por diversas vezes exigimos isso à Krisis residual).

"As Decisões São Nulas" - EXIT!; Dezembro 2005 Deutsch

DEAD MEN WRITING

Instruções de uso: como transformar a crítica emancipatória num objecto especulativo ao serviço da reprodução pessoal dum bando da intelligentsia lumpen

A colectânea "Dead Men Working", publicada recentemente, sob muitos aspectos ainda se enquadra nos resquícios do antigo contexto da Krisis, anteriores à cisão, provocada precisamente pelos editores do referido livro por terem escorraçado desse contexto a maioria da redacção e do grupo de coordenação, com recurso a meia dúzia de truques baixos, apoderando-se assim do controlo formal do projecto; e tudo se passou de uma forma que poderia ter servido de exemplo para Foucault e Agamben demonstrarem as suas teorias sobre a constituição da sociedade burguesa en miniature (declaração arbitrária de um "estado de excepção", patologização dos adversários, "tomada do poder", legitimação por um procedimento formalmente democrático levado a efeito com meios fraudulentos). Da macabra ironia desta história também faz parte o facto de a edição da colectânea, com a chancela da editora Unrast-Verlag, ora apresentada com grande alarido como suposta nova conquista da crítica do valor, até se dever ainda à intermediação do mesmo Robert Kurz, que pouco tempo depois se viu exposto a tentativas de denúncia pessoais especialmente infames por parte dos usurpadores do rótulo da Krisis.

DEAD MEN WRITING - (Robert Kurz; Outubro de 2004) Deutsch

Robert Kurz

A REVOLUÇÃO DAS BOAS MANEIRAS

Rotulação fraudulenta e fraude de entoação no novo kitsch da consternação e culto do ressentimento da "Krisis" e da "Streifzüge" – Sobre a génese de um conflito relacional exemplar.

Observação preliminar

Correu palavra, no seio das faunas de esquerda, de que o grupo da "Krisis" fora objecto de uma cisão. Tirando proveito de estruturas jurídicas formais, uma determinada camarilha pôs na rua o fundador do projecto e alguns dos que até à data foram as suas autoras e os seus autores principais, ignorou a vontade da maioria da redacção, fez valer deste modo uma pretensão de poder ordinária e usurpou o rótulo da "Krisis". Essa camarilha tem atrevimento que chegue para querer suscitar a aparência de estar a prosseguir o projecto da "Krisis" sem qualquer ruptura. Em boa verdade, o contexto que correspondeu a esse rótulo deixou de existir. Trata-se de um caso cristalino de rotulação fraudulenta. Aquilo que perfazia a substância teórica da "Krisis" é representado, decisivamente em termos de conteúdos, pela nova revista teórica EXIT, sendo levado mais longe que as velhas posições da "Krisis" que, em alguns autores, ainda sob muitos aspectos se mantinham apegadas a um universalismo objectivista e androcêntrico. A "Krisis" residual, pelo contrário, fez com que a dinâmica da elaboração teórica crítica do valor e da dissociação se detivesse no limiar de uma crítica radical do chamado Iluminismo e do sujeito masculino, branco e ocidental (MBO), a fim de enveredar pela via de um superficial populismo de movimento com traços de uma imediatez traiçoeira. Os dois projectos não tardarão a desenvolver-se em sentidos diferentes...

A Revolução das Boas Maneiras - (Robert Kurz; Julho de 2004) Deutsch

OS GATUNOS DA FORMA DO DIREITO COMO HOMENS DE BEM POPULISTAS DE ESQUERDA

Como o resto da "Krisis" gostaria de apagar os próprios rastos

O que os usurpadores da etiqueta da "Krisis", por eles considerada como "roupa de marca", mais gostariam após a colocação na rua da antiga maioria da redacção, encenada por meios inconfessáveis, era obviamente serem deixados em paz e poderem gozar dos frutos do seu golpe. Agora que a ilegitimidade do seu procedimento é atacada também ao nível jurídico maior está o alarido. Com o gesto falso da postura anti-burguesa, o resto da "Krisis" reclama junto do público que "o direito se teria tornado numa das armas preferidas da Exit". Ao que parece, passados três meses, estes desprezadores do direito burguês já se esqueceram que o direito burguês foi a sua arma preferida, para tomar conta da redacção da "Krisis" contra a vontade da maioria da redacção e pôr na rua os autores desagradáveis até então principais...

Eles puseram-nos na rua por meios sujos, mas querem continuar a usar os nossos nomes, as nossas ideias e os nossos escritos como rótulo e apoderar-se do poder de definição sobre a história da construção da teoria crítica do valor. Mais infame é quase impossível. Isto é um "movimento de apropriação" de um tipo particular. Como "Krisis" já não devemos existir, mas os nossos eliminadores querem agora administrar pela "força" a nossa herança intelectual.

Como o resto da "Krisis" gostaria de apagar os próprios rastos - (Redacção da Exit; Junho 2004)

GENDER TROUBLE NA KRISIS

Depoimento comum de três mulheres

que já antes tinham penetrado no santuário da Krisis, a redacção.

E agora são logo homens como Norbert Trenkle, Ernst Lohoff, Franz Schandl e Karl-Heinz Wedel, que bateram em mulheres (Lohoff), que achincalharam mulheres (Trenkle, Lohoff, Wedel), que se comportaram de uma forma intriguista (Schandl), que, numa cega fúria de demarcação, repetidamente redigiram documentos internos agressivos contra Robert Kurz (Lohoff), até que este, após tanto ataque assanhado AO FIM DE ANOS finalmente mostrou os dentes, e que agora se dedicam a um achincalhamento extremo do seu antigo "super-pai", acusando-o de psicopata – são logo esses os homens que agora, esticando o dedo mindinho, na circular aos sócios em que tentam justificar o seu golpe, lamentam um "asselvajamento das formas de trato internas" que seria da responsabilidade exclusiva de Robert Kurz, criticando ferozmente o seu "estilo de comunicação" e as suas "gaffes comunicativas". Logo esses tipos atrevem-se a escrever: "Queremos constituir um relacionamento organizativo onde ninguém seja coberto de maledicência, ofendido e achincalhado". Aqui uma mulher já só pode cuspir!

FRAUENPAPIER (Documento das Mulheres) - ( Abril de 2004 )

TRUQUES DE PRESTIDIGITADOR NA BARRACA DOS MALABARISTAS

Ignorando a história moderna, opera-se com concepções de conotação pejorativa, que até na "ciência" burguesa primária já há muito foram decifradas e remetidas ao reino dos enunciados ideológicos; por outro lado, informa-se com toda a candura quais os topoi que podem ter conotação positiva, uma vez que supostamente poderão ajudar a operar uma "libertação". Da primeira categoria fazem parte, em especial, a "vassalagem", a "fé cega", a "obediência incondicional" (todos Bernd), a "humildade", a "obrigação" e a "culpa"; na categoria melhor enquadram-se a "livre vontade", o "indivíduo sensível" (segundo a interpretação de Karl-Heinz) e – estranhamente – outra vez a "culpa". À escala do relacionamento da Krisis, é tentada de um modo perfeitamente irreflectido a linguagem orwelliana do aparelho conceptual burguês constitutivo da ideologia.

Truques de Prestidigitador na Barraca dos Malabaristas - (Petra Haarmann; Abril 2004)

Assinaturas da Krisis: Falsificação de rótulo, Parte II

Circular da redação da EXIT! em 10. 5. 2004

Estado das coisas em Maio de 2004

Circular da redação da EXIT! em 04. 5. 2004

SOBRE A CISÃO DO GRUPO KRISIS

Declaração de anteriores membros da redacção e do círculo de apoio

A revista teórica KRISIS, tornada conhecida na Alemanha e a nível internacional pelo seu princípio da crítica do valor, tomou o caminho da esquerda: cindiu-se. Contra a vontade da maioria da redacção e do círculo coordenador, Robert Kurz e Roswitha Scholz foram excluídos e em consequência a maioria da redacção com eles. Tal putsch só foi possível através da instrumentalização da há muito passiva associação, que formal e juridicamente é a editora da revista. Dois em cada três membros da Direcção, há muito considerados honorários e à margem do debate teórico, deixaram-se instrumentalizar como marionetas da minoria da redacção, não se importando com o círculo de apoio activo. Também na Assembleia Geral que se seguiu, apresentaram-se contra a maioria dos presentes, com mandatos em branco de pessoas que não apareceram; uma obra de mestre do maquiavelismo associativo alemão, é preciso reconhecê-lo sem inveja.

Sobre a Cisão no Grupo Krisis - ( Abril de 2004) Deutsch Español English Francais


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